sábado, 9 de agosto de 2008

Poesia de Púchkin:




ELEGIA


Dos anos loucos a alegria extinta,
Ressaca vaga, faz que eu mal me sinta.
Mas, como o vinho, é o remorso meu
Que mais forte ficou, se envelheceu.
É triste minha estrada. E me anuncia
O mar ruim do porvir dor e agonia.


Mas não desejo, amigos meu, morrer;
Quero ser para pensar e sofrer.
E sei que há gozos para mim guardados
Entre aflições, desgostos e cuidados:
Inda a concórdia poderei cantar,
Sobre prantos fingidos triunfar,
E talvez com sorrir de despedida
Brilhe o amor no sol-pôr de minha vida.


Aleksandr Púchkin (1830) - tradução de José casado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_S._Pushkin - (breve biografia do poeta russo)

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