sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Da grandeza das coisas:


O nó do ser/estar
Em mim é grande

Pois sou grande
Embora pequeno no mundo

Um buraco estreito e profundo
Um abismo sem chão
Pupila muda e em vão

Aliás, o mundo que é pequeno em mim

E além de nó
Há feixe indeterminado

Sem dia
Sem noite

Sem sabor nem contorno
Quem dirá conteúdo

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sobre o modo - o determinista:

Ando às vezes convicto de que o modo de falar, o modo de vestir, o modo de se referir ou o modo de agir cordialmente implica em nada nas crenças básicas de um indivíduo.

Na minha convicção estranha, a opção por um desses "modos" segue de um impulso estético arbitrário/compulsório. E, esses impulsos, que nos indicam "modos" a todo instante , sequer envolvem qualquer caracter intrínseco nosso, como indivíduos (além do caracter de sermos passíveis de impulsos).

Inclusive, me arrisco a dizer que a "aparência" dos caracteres intrínsecos de um indivíduo e de outro são muito mais próximas entre si que a dos modos, ou seja, que indivíduos são muito semelhantes a outros, ao contrário do que os modos continuamente indicam.


Daí, fica a mensagem: Quando proferires críticas ásperas aos "modos" dos outros, cuidado! Podes estar falando de alguém muito semelhante a ti, que em um determinado momento se deparou com um impulso diferente do teu, mas que na base é exatamente como tú és, e quem sabe acredita nas mesmas coisas. Esqueça os "modos" um pouco!