segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Delírios (ora nem tanto, ora excessivamente) metafísicos:




O que proponho é relativamente simples. É que o panorama -qualquer que seja-, antes de ser panorama, é "panorama poético".

O que reconheço aqui (pelo menos aqui) é que qualquer coisa, antes de emergir objetivamente, e trazer consigo inúmeras perspectivas, já é um bosquejo poético.


Não sou poeta, no sentido usual do termo, e nem pretendo ser por incompetência da minha parte. Talvez eu confunda as bolas (e ainda confunda quem lê essas coisas), pois a prosa surge com música na minha cabeça. Aí, pretende ser poesia e acaba ficando por ali, indecisa, incompleta. Não sei se posso afirmar que ela é verdadeira, mas o momento que ela pretende transmitir é verdadeiro (isso ainda posso afirmar).


Às vezes, prefiro mesmo a beleza do argumento na prosa, com certa elegância e rigor matemático. Também, as vezes, reconheço beleza no não-rigoroso; na ambigüidade e na confusão. Ou, dessas formas todas combinadas. Até em caricaturas vejo beleza. Ah! quer saber?! a minha inclinação é pela beleza das coisas, independente de forma e conteúdo!










Delírios metafísicos:


Arranquei a superfície,
e não há
qualquer coisa vaga.

Até o nada (é) não-vago,
e o que há
é significado.

-que para o vento,
a guerra, o movimento-
que não para o sentir-dor.